PCP reúne direcções regionais

Consolidar e conquistar <br>com a luta

Das reu­niões das di­rec­ções das or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais de Lisboa, Al­garve e Leiria, re­a­li­zadas re­cen­te­mente, saiu a de­ter­mi­nação em re­forçar a or­ga­ni­zação e in­ter­venção par­ti­dá­rias e a luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções.

O PCP des­taca as con­tra­di­ções que marcam a ac­tual si­tu­ação

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A pre­pa­ração e re­a­li­zação da 40.ª Festa do Avante! e do XX Con­gresso do Par­tido são, para as três di­rec­ções, pri­o­ri­dades da acção par­ti­dária nos pró­ximos meses, ga­rante-se nos co­mu­ni­cados ema­nados das reu­niões, re­a­li­zadas no mês de Julho. A con­cre­ti­zação da acção geral de re­forço do Par­tido «Mais Or­ga­ni­zação, Mais In­ter­venção, Maior In­fluência – um PCP Mais Forte» é outra das mais im­por­tantes ta­refas que urge levar a cabo.

No que res­peita à aná­lise da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial das res­pec­tivas re­giões e às pri­o­ri­dades po­lí­ticas do Par­tido para lhe res­ponder, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa (DORL) co­meça por sa­li­entar as duas li­nhas con­tra­di­tó­rias que a ca­rac­te­rizam: por um lado, os de­sen­vol­vi­mentos de ca­rácter po­si­tivo com a re­cu­pe­ração de di­reitos e ren­di­mentos; e por outro os baixos sa­lá­rios, a pre­ca­ri­e­dade e os des­pe­di­mentos que marcam o dia-a-dia de muitos tra­ba­lha­dores. Este úl­timo ce­nário re­vela as «li­mi­ta­ções do Go­verno PS, que, por opção, não põe em causa os in­te­resses dos grandes grupos eco­nó­micos e do ca­pital», su­blinha.

Des­ta­cando o papel fun­da­mental dos co­mu­nistas para a «di­na­mi­zação e alar­ga­mento da luta de massas» dos tra­ba­lha­dores e de ou­tras classes e ca­madas an­ti­mo­no­po­listas, a DORL va­lo­riza a luta tra­vada em em­presas como a Pan­rico, a Car­risbus, a Car­ristur, a Se­vi­rail, a Portway e a Santa Casa da Mi­se­ri­córdia, e ainda dos es­ti­va­dores, das tra­ba­lha­doras da ISS a prestar ser­viço na Ta­ba­queira e dos guardas pri­si­o­nais. Também os en­fer­meiros e os tra­ba­lha­dores da OGMA e da Randstad es­tavam por esses dias em luta pelos seus di­reitos.

Ana­lisar e in­tervir

No Al­garve, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Par­tido (DORAL) pro­cedeu igual­mente a uma aná­lise apro­fun­dada da re­a­li­dade eco­nó­mica e so­cial da re­gião, su­bli­nhando os «ele­mentos con­tra­di­tó­rios» que a ca­rac­te­rizam. No sector da ho­te­laria, por exemplo, pese em­bora os re­sul­tados po­si­tivos al­can­çados «per­siste uma po­lí­tica de baixos sa­lá­rios e ele­vada pre­ca­ri­e­dade», acom­pa­nhada pela cres­cente in­ti­mi­dação e re­pressão sobre ac­ti­vistas e di­ri­gentes sin­di­cais.

Ao mesmo tempo, acres­centa a DORAL, «res­surgem em força as ac­ti­vi­dades es­pe­cu­la­tivas no sector imo­bi­liário» e apro­funda-se o «ataque ao apa­relho pro­du­tivo re­gi­onal, com a ameaça de im­po­sição do lay-off na ci­men­teira de Loulé/​Cimpor» e o «con­tínuo des­prezo pelas ac­ti­vi­dades pro­du­tivas li­gadas ao mar. As por­ta­gens na Via do In­fante e a de­gra­dação dos ser­viços pú­blicos per­ma­necem como marcas pro­fundas da po­lí­tica de di­reita, com con­sequên­cias graves para a eco­nomia re­gi­onal e para as suas po­pu­la­ções.

A luta dos tra­ba­lha­dores da Portway no ae­ro­porto de Faro contra o des­pe­di­mento co­lec­tivo e a que se tem tra­vado em muitos grupo ho­te­leiros, com des­taque para o Clube Praia da Rocha, são si­nais po­si­tivos, sa­li­enta o Par­tido, que des­taca ainda a mo­bi­li­zação das po­pu­la­ções da Ria For­mosa contra as de­mo­li­ções e pelo seu di­reito a pro­duzir.

A Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Leiria (DORLEI), no co­mu­ni­cado da sua reu­nião, aponta ao de­sen­vol­vi­mento e alar­ga­mento da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções para su­perar as con­tra­di­ções que marcam a ac­tual si­tu­ação po­lí­tica. A cam­panha «Mais Di­reitos, Mais Fu­turo – Não à Pre­ca­ri­e­dade», no âm­bito da qual o PCP con­tactou no dis­trito com mais de dois mil tra­ba­lha­dores, me­rece também o des­taque da DORLEI.

No que diz res­peito à luta de massas, o PCP des­taca a dos tra­ba­lha­dores da em­presa mu­ni­cipal «Na­zaré Qua­li­fica» e a das po­pu­la­ções do Bom­barral pela me­lhoria dos ser­viços de saúde.




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